O livro mais perigoso da História

 

Livros Perigosos e Proibidos: Uma Análise

Vivemos em uma época onde a leitura é incentivada a todo momento. Mesmo com as novas ferramentas digitais, a venda e o consumo de livros, em sua essência, pelas folhas de um livro, têm crescido a cada dia mais. Para os próximos anos, essa perspectiva só aumenta. Se você é um leitor assíduo, provavelmente guarda algumas obras na memória que são inesquecíveis — aquelas que, mesmo após muito tempo, ainda estão na sua biblioteca pessoal. No entanto, alguns livros são considerados extremamente perigosos e prejudiciais para seus leitores. Alguns são proibidos em determinados países, enquanto outros são banidos principalmente por seu conteúdo, que pode afetar diretamente o psicológico de quem os lê, principalmente nos séculos 19 e 20.

Alguns autores foram extremamente polêmicos. Então, se prepare, pois no post de hoje trouxemos alguns dos livros considerados os mais perigosos da história. Você teria coragem de lê-los? Eu sou Morpheu, e você é bem-vindo ao blog Enigmas Desvendados . Existe aquele velho ditado "nunca julgue um livro pela capa", e de fato ele pode ser aplicado em vários momentos com certa coerência. Porém, outros livros, somente pelo título, já nos oferecem uma certa dimensão do seu conteúdo.

Versos Satânicos

O livro "Versos Satânicos", do escritor inglês de origem indiana Salman Rushdie, entra nesse vídeo por alguns motivos. A obra de ficção fala sobre dois indianos que sobreviveram a um atentado a bomba em um avião. Após a queda na Inglaterra, um deles desenvolve chifres, cascos e um rabo, enquanto o outro cria uma espécie de anel de luz que rodeia um corpo celeste. O título do livro faz referência a alguns versos do Alcorão, o livro sagrado do Islã. Por isso, a obra foi considerada extremamente ofensiva ao profeta Maomé. Para se ter uma ideia, após sua publicação em 1989, o líder iraniano Ayatollah Khomeini fez um pronunciamento ordenando a morte de Rushdie. Mais que isso, qualquer pessoa que tomasse conhecimento do seu conteúdo estaria condenada à morte. Rushdie, que declarou não acreditar mais na religião, foi obrigado a viver escondido por um bom tempo. Dá para entender por que esse livro é tão perigoso, não dá?

O Livro de Soyga

Voltando alguns séculos no tempo, temos uma das histórias mais intrigantes e misteriosas de todos os tempos. Primeiro, devemos conhecer um homem que deixou um grande legado como um dos homens mais sábios da história: John Dee. Ele foi matemático, astrônomo, geógrafo, astrólogo e também conselheiro da rainha Elizabeth I. Nada mal esse currículo, hein? Além de todos esses atributos, Dee foi um grande ocultista e dedicou uma boa parte de sua vida a esse tipo de estudo. Em sua posse, havia um livro chamado "O Livro de Soyga", um manuscrito que Dee acreditava ter sido revelado pelos anjos ao seu escritor, que também, segundo Dee, foi um dos primeiros humanos da Terra. Durante a vida de Dee, muitos outros especialistas tentaram decifrar esse estranho livro sobre magia, que contém códigos, margens e desenhos que para nós não fazem o menor sentido. Após sua morte, o livro simplesmente desapareceu de sua enorme biblioteca pessoal e só foi aparecer novamente em 1994, quando duas cópias foram encontradas. Os estudiosos ainda estão tentando descobrir seus segredos, mas o que foi descoberto até agora é perturbadoramente complicado, envolvendo demonologia, encantamentos mágicos e astrologia. Dee, que passou a maior parte de sua vida tentando contatar os seres angelicais, alegou que pediu ao anjo Uriel para ajudá-lo a entender o livro de Soyga. Por isso, ele acreditava que o livro só poderia ser interpretado pelo arcanjo Miguel. Creio que seja melhor que os segredos desse livro sejam mantidos escondidos. Muitos preferem não correr o risco.

Minha Luta

Voltando ao século 21, um livro que causa muitas controvérsias é intitulado "Minha Luta", o livro mais famoso de um dos seres humanos mais infames da história, Adolf Hitler. Inicialmente, esse livro foi publicado em duas edições nos anos de 1920 e 1926, depois que Hitler foi preso por tentar organizar um golpe de estado em Munique. Mas o que torna esse livro tão prejudicial e perigoso? Se você conhece um pouco de história, sabe das barbaridades cometidas durante a Segunda Guerra Mundial, principalmente no que diz respeito ao massacre do povo judeu. Esse livro é uma prévia dos pensamentos de Hitler sobre antissemitismo, racismo, principalmente para com o povo judeu, e sobre o surgimento do Partido Nazista. "Minha Luta" tornou-se um guia ideológico e de ação para os nazistas e ainda hoje influencia os grupos neonazistas, sendo chamado por alguns de "bíblia nazista". As ideias principais do livro são exatamente as que foram aplicadas posteriormente na Alemanha nazista.

O Diário de Turner

Seguindo essa premissa, outro livro que causa muitas discussões é "O Diário de Turner", escrito por William Pierce sob o pseudônimo de Andrew Macdonald em 1978 e reimpresso diversas vezes ao longo dos anos. O conteúdo deste livro diz respeito a um grupo de brancos da raça ariana que, por meio de uma revolta armada, derrubou o governo dos Estados Unidos, descrito no livro como totalmente dominado por judeus. Essa revolução violenta visava eliminar as pessoas negras e não arianas da Terra. Segundo conta o livro, isso seria feito primeiro nos Estados Unidos e, posteriormente, no mundo todo. Segundo alguns especialistas, o livro é o mais lido entre os extremistas que acompanham esse viés ideológico e possivelmente pode ter influenciado Timothy McVeigh, um ex-militar que bombardeou um prédio em Oklahoma em 1995, onde 168 pessoas foram mortas e mais de 600 foram feridas. Para muitos, é considerado um livro perturbador por seu conteúdo racista e totalmente extremista.

O Grande Livro de Lúcifer

Como vimos até aqui, a definição de "perigoso" pode variar de acordo com a obra. O que não falta são lendas e histórias sobre grandes livros de magia usados por bruxos e bruxas. "O Grande Livro de Lúcifer" é um exemplo dessas obras. A cópia mais antiga desse livro é datada de 1520, embora se acredite que tenha sido escrito anos antes pela alta cúpula da magia que vivia na época. O conteúdo deste livro vai além dos demais semelhantes sobre esse tema. O livro ensina seus leitores a invocar o próprio Lúcifer a fim de fazer um pacto com o governante do inferno. Manuscritos datados de 1616 mostram que nem mesmo os líderes satanistas tinham coragem de usá-lo, pois sabiam que seriam vencidos. Mas, com o sentido de obter tanto poder e não poder usá-lo, o livro era cobiçado não pelo máximo que poderia fazer, mas sim pelo mínimo. Além da evocação de demônios, ele contém um grande número de feitiços, fórmulas e segredos. Hoje, podemos encontrar cópias desse livro em livrarias especializadas ou até mesmo em PDF na internet, mas acredita-se que o verdadeiro exemplar nunca foi mostrado ao público e está no Vaticano, tendo sido recolhido pela Igreja por volta do século 18.

Necronomicon

Por fim, um dos livros mais polêmicos de todos os tempos, principalmente no que diz respeito à sua existência, é conhecido como "Necronomicon". Esse livro, que originalmente se chamava "Asif", foi escrito por Abdul Alhazred por volta do ano 700. Esse homem era conhecido como poeta louco e ganhou essa fama devido ao fato de ser muito inteligente, mas também por suas loucuras. Com o passar dos anos, isolado no deserto, sobre o manuscrito, o próprio autor adverte que sua leitura pode levar à loucura, gerar pesadelos e até mesmo visões horríveis. Segundo alguns pesquisadores, o livro reúne diversos conhecimentos, desde pontos antigos até invocações e magias. Acredita-se que as verdadeiras cópias desse livro foram em sua maioria perdidas, mas que em algum lugar ainda exista o livro original. Apesar de encontrar-se referência desse livro em diversos lugares, muitos afirmam que ele não passa de uma invenção do escritor Howard Phillips Lovecraft, o estadunidense que escrevia contos de terror. A primeira vez que Lovecraft fez menção ao livro foi em 1921, no conto "A Cidade Sem Nome". Somente anos mais tarde ele lançou o livro "Necronomicon", onde conta toda a trama sobre o livro. Além dele, diversos autores também falam sobre esse tema, como o canadense Robert D. Tazio e o inglês Charles Granville, entre outros. Não se pode afirmar se o livro é real ou uma farsa, mas o que se tem escrito sobre ele o torna uma das mais perigosas leituras do mundo. Segundo sites especializados, esses foram alguns dos livros considerados mais perigosos e, de certa forma, os mais prejudiciais da história, tanto para quem os lê quanto para as pessoas que usam seus versos como inspiração para ferir outras pessoas.

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